Lua Nova

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Sobre o céu escuro e tempestuoso subiu uma nesga prateada, fraca e pouca como falso brilhante. Ergueu-se tímida e aportou-se recolhida num canto longe qualquer do cosmos. Paciente, hábito aprendido com a eternidade, contou mais uma vez os dias e a cada minuto de escuro silêncio encheu-se de um pouco mais de luz. Ao final do período de trevas devidas, ela era o disco redondo, reflexo soberano de águas no céu, diamante bruto da noite infinda. Era de novo cheia em si. Parte outra do Sol reinante. Claro facho a guiar por entre o breu da incerteza aqueles que não andam por tolo medo de em falso pisar. Fez-se luz na noite. Reflexo claro do poder do dia. Ergam os olhos os que querem ver e abram um sorriso de alívio. Eis que a Mãe de todas as eras os embala no ventre, outra vez.

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